- do Lat. solu
- adj.,
- solitário;
- que está sem companhia;
- ermo;
- único;
- isolado;
- afastado da convivência social;
- s. m.,
- aquele que vive só.
- loc. adv.,
- a -s: sem companhia;
- - por -: um por um, isoladamente.
- do Lat. solu
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Solitude
Só:
sábado, 26 de abril de 2008
Regras da sensatez. É este o nome de uma das músicas portuguesas que mais me diz. Mais pela letra do que pela própria música (obrigado Carlos Tê). Não causa, assim, estranheza que, desde há alguns anos, vá ouvindo as palavras medidas "Nunca voltes ao lugar onde já foste feliz. Por muito que o coração diga, não faças o que ele diz".
Numa noite de Quinta-Feira, recentemente, ao vir em direcção a casa, sentado ao volante do meu "Herbie" 206, dei por mim a ouvir um qualquer poeta, um poeta sem nome para mim, sem rosto, mas com uma mensagem (que me despertou a atenção). E é aqui que a conversa se relaciona com as primeiras linhas que escrevi hoje.
Disse o, chamemos-lhe assim, "poeta anónimo": «Voltar atrás. Enfrentar o passado com outros olhos pode querer dizer 'perder um mundo que um dia foi nosso.' Pense nisto. Boa noite!»
E então eu pensei.
Conclusões? Não sei bem se o objectivo de pensar nas coisas é chegar sempre a uma conclusão, concreta e definida (como outra coisa qualquer). Por vezes, e mais importante do que chegar a uma qualquer conclusão, é apenas uma forma de olhar para uma questão de uma outra forma. Porque, no fundo, nós existimos sempre em relação aos outros e não apenas em relação a nós próprios.
Seja como for, uma das coisas que eu me apercebi é que voltar atrás e seguir em frente são coisas distintas, embora tantas vezes confundidas. Eu segui em frente, sem nunca esquecer o bem que ficou para trás. É provavelmente essa a diferença em relação a quem esteja constantemente a evitar voltar atrás, com receio do que de menos bom houve.
Despeço-me com uma citação: "Pense nisto. Boa noite!"
Numa noite de Quinta-Feira, recentemente, ao vir em direcção a casa, sentado ao volante do meu "Herbie" 206, dei por mim a ouvir um qualquer poeta, um poeta sem nome para mim, sem rosto, mas com uma mensagem (que me despertou a atenção). E é aqui que a conversa se relaciona com as primeiras linhas que escrevi hoje.
Disse o, chamemos-lhe assim, "poeta anónimo": «Voltar atrás. Enfrentar o passado com outros olhos pode querer dizer 'perder um mundo que um dia foi nosso.' Pense nisto. Boa noite!»
E então eu pensei.
Conclusões? Não sei bem se o objectivo de pensar nas coisas é chegar sempre a uma conclusão, concreta e definida (como outra coisa qualquer). Por vezes, e mais importante do que chegar a uma qualquer conclusão, é apenas uma forma de olhar para uma questão de uma outra forma. Porque, no fundo, nós existimos sempre em relação aos outros e não apenas em relação a nós próprios.
Seja como for, uma das coisas que eu me apercebi é que voltar atrás e seguir em frente são coisas distintas, embora tantas vezes confundidas. Eu segui em frente, sem nunca esquecer o bem que ficou para trás. É provavelmente essa a diferença em relação a quem esteja constantemente a evitar voltar atrás, com receio do que de menos bom houve.
Despeço-me com uma citação: "Pense nisto. Boa noite!"
Em vias de extinção
É assim que me sinto, em vias de extinção.
Não que me sinta raro por isso, não que sinta que devia ser protegido para que me prolonguem no tempo. Não, nada disso. É assim que estou e que me vou consumindo num mundo em que me perdi há muito tempo atrás. Sem poesias nem filosofias ou pensamentos rebuscados, foi nisto que me tornei. Num vulto que engana uma saudade que nem sei de onde vem e que procura um amor que teima em não existir. É assim que me sinto, quase-extinto. Cansado de te procurar e nunca te encontrar, de me procurar e nem saber onde estou, para onde quero ir ou se realmente quero ir a algum lado. Uma solidão que ora abraço ora rejeito, uma solidão que me atormenta uns dias e me aconchega outros. Será ela o meu amor? Será que é ela que com toda a sua formosura me ama como nunca ninguém me amaria? Exausto. Fazer vezes sem conta as mesmas perguntas e saber conscientemente que a muitas delas não vou ter resposta é duro e o mais duro é que não se controla. Está lá, no ar que respiro, na "lágrima fácil" que cai sem pedir licença, no sorriso que ofusca a tremenda solidão que navega no meu sangue.
É tempo de amar e de sorrir, de viajar, de pegar-te num dia de sol e explorar terras desconhecidas, de viver, de SENTIR, de ouvir, de ser ouvido. Mas isso não existe e mesmo que exista não me permito senti-lo e é por isso que me vou extinguir se é que já nem existo.
Porquê Morgado? Tinha que ser assim?
Não que me sinta raro por isso, não que sinta que devia ser protegido para que me prolonguem no tempo. Não, nada disso. É assim que estou e que me vou consumindo num mundo em que me perdi há muito tempo atrás. Sem poesias nem filosofias ou pensamentos rebuscados, foi nisto que me tornei. Num vulto que engana uma saudade que nem sei de onde vem e que procura um amor que teima em não existir. É assim que me sinto, quase-extinto. Cansado de te procurar e nunca te encontrar, de me procurar e nem saber onde estou, para onde quero ir ou se realmente quero ir a algum lado. Uma solidão que ora abraço ora rejeito, uma solidão que me atormenta uns dias e me aconchega outros. Será ela o meu amor? Será que é ela que com toda a sua formosura me ama como nunca ninguém me amaria? Exausto. Fazer vezes sem conta as mesmas perguntas e saber conscientemente que a muitas delas não vou ter resposta é duro e o mais duro é que não se controla. Está lá, no ar que respiro, na "lágrima fácil" que cai sem pedir licença, no sorriso que ofusca a tremenda solidão que navega no meu sangue.
É tempo de amar e de sorrir, de viajar, de pegar-te num dia de sol e explorar terras desconhecidas, de viver, de SENTIR, de ouvir, de ser ouvido. Mas isso não existe e mesmo que exista não me permito senti-lo e é por isso que me vou extinguir se é que já nem existo.
Porquê Morgado? Tinha que ser assim?
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Jantar de anos do Gomito. Depois do poeta ter reservado mesa para 10 e terem comparecido ao encontro 9 (passo a citar: "meio termo"!! - 9 em 10... meio termo... óbvio! :D ), nada melhor se podia esperar. Aquilo que distingue momentos rotineiros de momentos únicos é a imprevisibilidade. A novidade espontânea. A pureza associada ao verdadeiro sentimento.
Não vou dizer que sou fã de poesia. Nem tão pouco elogiar poetas, por mais únicos que eles sejam. Agora, acabar uma refeição e ter direito a um penteado, cuidadosamente feito pela empregada de mesa do restaurante- "Põe-te de joelhos!", disse ela - , é um momento para a história.
Desengane-se quem acha que vivi pouco. Eu já vi pessoas a cantar para o garfo, a cheirar com os olhos... eu já vi pessoas a procurar restaurantes vegetarianos às quatro da tarde, afirmando que era uma da tarde! Já vi pessoas negar sentimentos que têm... Já vi poetas a olhar para o céu enquanto queimam a picanha... já vi artistas a perder o carro em pleno parque de estacionamento! Já vi(vi) tanto!
Agora, se é certo que há momentos que marcam, sem dúvida que este penteado "à Sapatilha", numa noite como a de hoje... bom... é mais um daqueles momentos que marcam. Mais do que um "Fodes?", do que um "Olá, boa noite!", mais que uma carne queimada, mais do que um pegar ao colo uma rapariga que se conheceu nessa noite...
O texto de hoje é, acima de tudo, um elogio à amizade. Um elogio àqueles que são verdadeiros, espontâneos e fora do normal. Àqueles que são únicos e que não têm medo ou vergonha de dizer "Gosto de ti!", àqueles que partilham momentos únicos que jamais poderiam ser vividos com uma pessoa qualquer.
Porque ser amigo é estar lá, é ter sempre alguma coisa para dizer, é ter alguma coisa para viver em conjunto.
Caros amigos... é para mim um privilégio saber que tenho a sorte de poder dizer: "Adoro-vos! Vocês são únicos!", sem qualquer tipo de medo, vergonha ou receio. Obrigado!
Não vou dizer que sou fã de poesia. Nem tão pouco elogiar poetas, por mais únicos que eles sejam. Agora, acabar uma refeição e ter direito a um penteado, cuidadosamente feito pela empregada de mesa do restaurante- "Põe-te de joelhos!", disse ela - , é um momento para a história.
Desengane-se quem acha que vivi pouco. Eu já vi pessoas a cantar para o garfo, a cheirar com os olhos... eu já vi pessoas a procurar restaurantes vegetarianos às quatro da tarde, afirmando que era uma da tarde! Já vi pessoas negar sentimentos que têm... Já vi poetas a olhar para o céu enquanto queimam a picanha... já vi artistas a perder o carro em pleno parque de estacionamento! Já vi(vi) tanto!
Agora, se é certo que há momentos que marcam, sem dúvida que este penteado "à Sapatilha", numa noite como a de hoje... bom... é mais um daqueles momentos que marcam. Mais do que um "Fodes?", do que um "Olá, boa noite!", mais que uma carne queimada, mais do que um pegar ao colo uma rapariga que se conheceu nessa noite...
O texto de hoje é, acima de tudo, um elogio à amizade. Um elogio àqueles que são verdadeiros, espontâneos e fora do normal. Àqueles que são únicos e que não têm medo ou vergonha de dizer "Gosto de ti!", àqueles que partilham momentos únicos que jamais poderiam ser vividos com uma pessoa qualquer.
Porque ser amigo é estar lá, é ter sempre alguma coisa para dizer, é ter alguma coisa para viver em conjunto.
Caros amigos... é para mim um privilégio saber que tenho a sorte de poder dizer: "Adoro-vos! Vocês são únicos!", sem qualquer tipo de medo, vergonha ou receio. Obrigado!
Cantando Poesia
Hoje é um dia especial. É o dia em que o poeta dos poetas celebra um quarto de século. Cruz Gomes, pois claro. Quem nunca ouviu falar deste poeta vanguardista, que profere a cada suspiro que emana, a cada pensamento que desenvolve e até mesmo a cada passo que dá. Cruz Gomes é aos meus olhos um génio da poesia. É que a genialidade está na inovação, no instinto, na descoberta de algo que jamais foi pisado por alguém e Gomes é o expoente máximo da poesia de rua, uma mistura intensa de sentimento e reflexão da condição humana na sua sua máxima autenticidade. Aos 25 anos é já um ícone, uma constante referência da mais luxuosa poesia de calão do século 21. Porém, Gomes não é só um poeta, é um amigo do melhor que se pode encontrar por aí. É que simplesmente está lá, e até aí Gomes é genial porque consegue estar lá sem lá estar de facto, podendo também aí ser considerado como um expoente máximo daquilo que uma verdadeira amizade deve ser. Frases como "tenho de ver se os vou esvaziar", ou até mesmo "É a ver" e "hoje foi um dia soft mas agressivo" marcaram por completo uma geração que ressoa Gomes em cada canto das mais célebres cidades mundiais. Saliente-se que a poesia de Gomes não é unilateral, sendo proferida também por povos menores. Há quem diga até que o poeta deve esta genialidade às suas raízes Incas.
Para o poeta e amigo sei que o céu é o limite. Que continues a inspirar-me e aos demais.
Parabéns, miúdo.
Amo-te.
Para o poeta e amigo sei que o céu é o limite. Que continues a inspirar-me e aos demais.
Parabéns, miúdo.
Amo-te.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Há coisas na vida que eu não compreendo.
Há muitos anos que eu ouço uma musica chamada "Everybody's Free (To Wear Sunscreen)", de um senhor chamado Baz Lurhman. Sempre gostei da música. Sempre achei que estava cheia de avisos e conselhos úteis, que de alguma forma nos ajudariam a conhecer um pouco melhor as nossas vidas. Ou melhor... a minha vida em particular. A certa altura, diz a música que "friends come and go". Apesar de sempre ter confiado nas palavras do senhor, esta sempre foi aquela parte em que eu completava a frase com um "...mas os verdadeiros ficam para sempre". E não é só em relação à amizade... também no amor, eu sempre me senti tentado a acrescentar este final. Mas afinal, como sabemos nós quais são os verdadeiros?
Isto leva-me de volta ao início. Há coisas que não compreendo.
Se nós marcamos tão fortemente algumas pessoas como elas nos dizem, se ocupamos um espaço que, dizem, não poderá ser ocupado por mais ninguém, no futuro, porque é que elas continuam a ir... e a ir de novo... e a voltar a ir? Porque é que, para variar um bocadinho, as pessoas não fazem um esforço para ficar?
Será assim tão difícil fazer por ser feliz? Será que as pessoas são assim tão cegas para acharem que a felicidade cai do céu e fica na terra para sempre?
A pergunta essencial, no meio disto tudo, fica documentada em vídeo:
Tinha de ser assim?
Há muitos anos que eu ouço uma musica chamada "Everybody's Free (To Wear Sunscreen)", de um senhor chamado Baz Lurhman. Sempre gostei da música. Sempre achei que estava cheia de avisos e conselhos úteis, que de alguma forma nos ajudariam a conhecer um pouco melhor as nossas vidas. Ou melhor... a minha vida em particular. A certa altura, diz a música que "friends come and go". Apesar de sempre ter confiado nas palavras do senhor, esta sempre foi aquela parte em que eu completava a frase com um "...mas os verdadeiros ficam para sempre". E não é só em relação à amizade... também no amor, eu sempre me senti tentado a acrescentar este final. Mas afinal, como sabemos nós quais são os verdadeiros?
Isto leva-me de volta ao início. Há coisas que não compreendo.
Se nós marcamos tão fortemente algumas pessoas como elas nos dizem, se ocupamos um espaço que, dizem, não poderá ser ocupado por mais ninguém, no futuro, porque é que elas continuam a ir... e a ir de novo... e a voltar a ir? Porque é que, para variar um bocadinho, as pessoas não fazem um esforço para ficar?
Será assim tão difícil fazer por ser feliz? Será que as pessoas são assim tão cegas para acharem que a felicidade cai do céu e fica na terra para sempre?
A pergunta essencial, no meio disto tudo, fica documentada em vídeo:
Tinha de ser assim?
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Pilot
Mais um espaço. Mais uma pequena ilusão, um pequeno refúgio onde semanalmente procuraremos dar sentido a algo que provavelmente não o tem. Mais um pequeno conjunto de caracteres que um dia serão entregues ao esquecimento de quem nunca nos conheceu e à saudade de quem nos viu crescer. Mais uma procura fugaz das respostas que teimam em não aparecer, das perguntas que começam a escassear e acima de tudo mais uma procura do amor em todas as suas formas.
Que perduremos, que façamos alguém sorrir, chorar, que irritemos alguém e satisfaçamos outros tantos, é tudo o que desejo.
Até já.
Que perduremos, que façamos alguém sorrir, chorar, que irritemos alguém e satisfaçamos outros tantos, é tudo o que desejo.
Até já.
Subscrever:
Mensagens (Atom)